quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A ESFINGE FALA: A INQUIETUDE DA SEPARAÇÃO

Por Petra Margolis
Em 06 de outubro de 2014



Isto é muito comum dentro da mente humana e de fato começa no nascimento onde você tem de confiar a outros a sua sobrevivência.

Você está sendo ensinado, desde o momento que nasce, que você precisa de outros, da conexão com outros para sobreviver e isto não acaba ali.

A sua realidade é baseada em trabalhar com outros, vivendo com outros.

Não importa como você trabalha duro na criação da sua própria realidade, há outros envolvidos que podem construir ou destruir a sua realidade.

Pensar que isto não é a verdade é uma ilusão já que você é, de muitos modos, dependente de outros, se não depende de outros humanos, você é dependente da terra, do tempo, para cultivar a sua comida, sobreviver.

Então mesmo se você pensar que você cria a sua própria realidade, você não está baseado em uma confiabilidade humana, você depende dos seus arredores, da terra para cultivar a comida, da terra para fazer as suas árvores crescerem para construir abrigo, dos animais como as abelhas para provê-lo do mel e tantos mais.

Ser separado de tudo isso é a inquietude maior que um ser humano tem, já que a sua sobrevivência, como um ser humano, depende não somente de humanos mas de tudo que está sobre a terra também.

Os humanos põem muita importância em ser humano neste momento, e alguns gostariam de voltar aos velhos caminhos, vivendo da terra.

Muitas sociedades mais antigas viviam assim, dependentes do que a terra os provia.

Mas eles também tiveram a inquietude da separação já que a terra tinha grande importância e qualquer coisa, como o tempo por exemplo, podia interferir no que a terra poderia prover para eles.

O instinto de sobrevivência dentro do ser humano é em parte responsável pela inquietude de separação, mas não completamente já que os seres humanos são capazes do pensamento humano. 

Qualquer coisa que interfira no que eles pensam sobre sua sobrevivência causa esta inquietude de separação.

Então quando falamos de vínculos, a inquietude da separação entra em jogo já que muitos a veem de uma perspectiva de sobrevivente.

A unidade e/ou o nada, parece fazer os seres humanos pensarem na separação, e eles só verão a unidade como aquela que os fará sobreviver.

A unidade com o que, eles realmente não compreenderam ainda, já que é cheia de significados e principalmente a partir de uma perspectiva humana significa unicidade dentro da realidade humana.

Quando você pensa na morte do corpo humano, muitos dirão, é somente a vida das pessoas, voltarei dentro de outro corpo.
Mas quando vocês estiverem à beira da morte do corpo humano muitos sentirão como se não quisessem deixar esta vida.

Farão quase tudo para prolongar a vida, e não estamos falando sobre ter uma doença.

Estamos falando sobre aquele momento, aquele momento onde você sabe que a morte é inevitável.

Mesmo Jesus passou por esse momento quando ele disse “Oh pai por que me deixaste?”.

E ele sabia que ele não ia morrer realmente.

Inquietude da separação da realidade humana.

Afinal você criou a sua própria realidade aqui, você está criando a sua própria realidade aqui.

Não importa o que você criou, você deixará para trás quando você morrer.

Não que a criação da sua realidade humana não seja importante, é o vínculo com esta criação que precisa ser liberado.

E é onde a sua inquietude da separação entra, enquanto você confia na realidade humana da sobrevivência, ser separado (a) desta realidade humana é algo que não faz nenhum sentido à mente humana.

Afinal, sem esta realidade humana você não existiria aqui como um humano.

Depois de todo o seu trabalho duro, para criar, para ser quem você é, para estar a serviço, para ser essa pessoa gentil e amável, ajudar outros, e tudo mais.

Agora nós falamos para você liberar o vínculo a tudo isto.

A mente humana vê isto como uma separação; vemos isso como a transformação para um novo modo de ser, movendo-nos para uma maior unidade de ser.



Tradução: Aline Machado

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